Apesar de se encaixarem perfeitamente, estas palavras rebuscadas não dizem respeito a tradicional festa do Padroeiro São José, realizada ontem em nossa cidade, mas sim, foram ditas pelo Cônego José Ernser durante a cerimônia de benção e lançamento da pedra fundamental da antiga Igreja, realizada em 25 de abril de 1920, marco de uma caminhada iniciada alguns anos antes.
Mesmo após a fixação das fronteiras entre os estados do Paraná e Santa Catarina, a criação de Mafra e a consequente autonomia administrativa do novo município em 1917, em termos religiosos católicos, os mafrenses continuavam ligados a Rio Negro, pois continuavam a integrar a Paróquia do Senhor Bom Jesus da Coluna, sob a tutela do vigário Cônego José Ernser, e assim fazer parte da arquidiocese de Curitiba.
Apesar de ter sido ali, na margem esquerda do rio Negro, erguida em 1831 a Capela Curada, primeira estrutura religiosa de nossas cidades, que originou a Igreja do Senhor Bom Jesus, desde a transferência da Capela para a outra margem do rio, Mafra encontrava-se sem templo religioso próprio, integrando com isso a paróquia rionegrense.
Capitaneada pelo próprio José Ernser, a aspiração da comunidade mafrense pela construção de sua igreja, passou a materializar-se com a elaboração da planta arquitetônica, com a busca de recursos financeiros necessários à obra e, é claro, a escolha da melhor área para acolher a igreja, atividade esta, que gerou atritos entre o vigário e o então superintendente municipal, Victorino Bacellar.
Entre outros locais levantados como possíveis pontos para ereção da igreja, Ernser era a favor de um terreno de 7.200m² no Alto de Mafra (que seria doado por André Wormsbecker), enquanto a Bacellar insistia na realização da obra no local do antigo cemitério (com apenas 2.609 m²), queda de braço que rendeu até reclamação ao bispo da Diocese, mas que terminou com a prevalência da vontade do vigário, enquanto no antigo cemitério, anos mais tarde se ergueria o prédio da Prefeitura Municipal.
Até o término das obras e criação da paróquia São José de Mafra, por decreto do Bispo Diocesano de Joinville, Dom Pio de Freitas, em 27 de dezembro de 1929, atividades religiosas passaram a ser realizadas em uma pequena capela, feita de madeira, nos fundos da igreja em construção. Sendo, em 1° de janeiro de 1930, durante a missa das 10h, empossado como primeiro vigário mafrense, o Padre Henrique Jene, que passava então a gerenciar uma “enorme” paróquia, uma vez que sua abrangência acompanhava a extensão do próprio município de Mafra.
Porém, o passar dos anos e o número crescente de fiéis, além de tornar aquele prédio pequeno para a demanda de frequentadores, levou ao desgaste da estrutura da bela igreja de pedra, fazendo com que no final dos anos 60, se fizesse necessário a realização de obras na igreja São José.
Sérias rachaduras nas paredes e o comprometimento da armação do telhado, levaram ao abandono da ideia inicial de reforma e a decisão de construção de uma nova matriz, o que diante da limitada área do terreno disponível e, da impossibilidade de compra ou permuta de áreas ao redor, causou por consequência, a demolição da antiga igreja em 1976.
A construção da nova igreja foi iniciada logo em seguida, com a montagem das suas sapatas, que até os dias atuais, fixam a estrutura metálica que dão suporte à também belíssima igreja, que já encontrava em condições de missa em 1977 e que foi acabada no princípio da década de 80.

Interior da igreja São José

Igreja São José

Igreja em construção

Antiga Igreja São José
Sipat da Instuitção (IFAM)
Se vocês quiserem nos ajudas com corte de cabelo e maquiagens no dia do evento ou com Palestra de nutrição, HIV e outros.
Aguardo o retorno
Att
Eduardo Oliveira
Saudades, muitas saudades da Pascoa, Missa do Galo, das aulas de catequese, do jardim muito bem feito, bem arborizado, fora outras grandes coisas que acontecia na saudosa IGREJA MATRIZ SÃO JOSÉ…
Não respeitam o sacríficio e as condições em que elas foram realizadas.
Não é apenas as obras que são destruidas mas, os sonhos daqueles que as construiram com amor, carinho e sacrifício.
Que Deus nos permita conservarmos não apenas o Passado Histórico em obras materiais mas também o sentimento de consideração e respeito pelas pessoas que as executaram e executam.
O que seria do Egito sem as Pirâmides? Peru sem Machu Picchu e outras mais…
Vamos respeitar as pessoas que fizeram história através da conservação de suas obras…
Abraço e consideração para todos
A nova igreja poderia ter sido construída em outro local.
Em Canela Rs a catedral de pedra la existente também ocorreu isto, a outra antiga ficou dentro da catedral e foi demolida era uma igrejinha linda lembro pois fui batizado e fiz primeira comunhão nela.
Agora só ficou saudades e servir de alerta para que não aconteça mais este tipo de coisa. Um abç